sexta-feira, 14 de agosto de 2015

18


Tomtom: Agora já chega. - Disse decidida, entrando na sala que Pedro estava olhando papéis - ONDE ELA ESTÁ?

Pedro: Está falando comigo? - Perguntou como se estivesse olhando um inseto

Tomtom: Não, estou falando com a sua mãe, palhaço. - Respondeu, cheia de si. Pedro franziu a sobrancelha - EU OUVI OS SEUS GRITOS! PEDRO, JÁ FAZEM SEIS DIAS! ONDE ELA ESTÁ?

Pedro: Francamente. - Balançou a cabeça e saiu.

Anoiteceu, e Tomtom estava irredutível. Quando amanheceu, saiu decidida do quarto: Iria atrás de Cobra.

Tomtom: Vamos, Seth, me ajuda! - Resmungou pulando pra subir no cavalo

Como por milagre, Seth dobrou as duas patas da frente, se abaixando. Tomtom franziu a sobrancelha e montou. Quase caiu quando o cavalo quando ele saiu a galope. Se segurava firme nas rédeas. Não fazia a minima ideia de onde Cobra estava, mas precisava tentar. Estava próxima a saída da fazenda, quando uma carruagem preta passou por ela, parando em seguida.

Cobra: Tomtom? - Berrou saindo da carruagem, com João, Bianca e Théo a seu encalço

Tomtom puxou a rédea com tudo, e Seth voltou. Deu um berro quando chegou a Cobra, e o cavalo, inteligentemente, parou.

Tomtom: Cobra! - Berrou, ofegando - Eu estava indo atrás de você!

João caiu no riso, e Bianca sorriu do marido. Cobra ergueu uma sobrancelha, incrédulo.

Cobra: Ia a Madrid, atrás de mim, montada nesse cavalo? - Perguntou, como se não tivesse ouvido direito

Tomtom: Estava indo, mas graças a Deus você está aqui. - Engasgou - Cobra, a Ka. - Cobra ficou alerta, e João parou de rir - Ela foi ao terceiro andar, e Pedro apareceu do nada, eles brigaram, eu acho que ele bateu nela, eu não sei. - Cobra arregalou os olhos, franzindo a sobrancelha - E ela sumiu! Tem uma semana isso, eu não sei, ela não saiu da mansão, mas eu já procurei e nada! - Se engasgou

Cobra não disse nada. Apenas puxou Tomtom do cavalo, pondo-a no chão. Montou em Seth e então, com uma rajada de vento, havia sumido.

João: Meu Deus. - Murmurou pra si mesmo - Vai na carruagem, Bianca. - Pediu, alterado. Sentia que uma desgraça podia acontecer entre Pedro e Cobra. Pegou um dos cavalos que puxava a carruagem e desapareceu atrás de Cobra.

O cavalo ainda estava a galope quando Cobra pulou dele, na frente da mansão. Mas por algum milagre nem se alterou. Apenas houve um pequeno impacto, como se ele tivesse dado um pulinho. Subiu as escadarias da mansão num salto. Seu faro foi direto. O primeiro lugar onde ele foi o terceiro andar. Tomtom já havia revistado o resto da mansão, e era bem a cara de Pedro deixar a Karina lá. Seu estomago revirou quando chegou no terceiro patamar. Karina estava largada, deitada de bruços, a camisola de seda rasgada nas costas, e a pele das costas em carne viva. Os braços tinham marcas vermelhas, mas as costas estavam claramente feridas. Fios de sangue desciam pelos lados, manchando a seda branca. Parecia um escravo que tinha ido pro tronco.

Cobra: Ka! - Chamou, depois de se abaixar ao lado dela, tirando algumas mechas do seu rosto - Ka, fale comigo. - Pediu, atordoado

Karina: Cobra. - Murmurou, abrindo os olhos devagar. Um sorriso fraco brotou em seus lábios - Você veio. - Disse com a voz falhando, enquanto ele pegava sua mão

Cobra: É claro que eu vim, me perdoe. - Pediu com a voz atormentada - Eu demorei muito. Eu deixei você. - Ele deu um beijo no rosto dela e um no canto da boca. Karina sorriu - Eu vou tirar você daqui.

Foi difícil. Cobra poderia carregar ela sem problemas, mas como fazer, se suas costas estavam completamente feridas? Por fim, ele passou os braços dela por seu ombro e a abraçou pelo quadril, ainda coberto pela camisola desfigurada, e saiu as pressas dali.

Tomtom: Ka! - Berrou assustada

Rosa: Meu Deus! - Pôs a mão na boca ao se bater com Cobra

Cobra: Chame um médico. - Foi a única coisa que murmurou

Depois ouve o estouro da fechadura quebrando quando Cobra chutou a porta do quarto de hospedes, entrando com Karina.

Cobra: Ka, pode me ouvir? - Perguntou ao ve-la de olhos fechados. Karina assentiu levemente. - E-eu vou pedir pra Rosa tentar te dar um banho, ou pelo menos tirar o sangue, enquanto o médico não chega, tudo bem?

Karina assentiu. Cobra levou ela até o banheiro do quarto, foi quando Rosa voltou.

Cobra: Cuidado com ela. - Advertiu sério, antes de sair.

Cobra rosnava em fúria quando desceu pra sala. João, Bianca e Théo já estavam lá.

Cobra: ENLOQUECEU? O QUE DEU NA SUA CABEÇA? - Gritou entrando na sala

Pedro estava sentado em uma poltrona, olhando papéis, mas sua expressão era abalada. João o chamara na real. Ele se descontrolou com Karina. Além de bater, não lhe deu nada que comer nem beber depois. Porém, não respondeu a Cobra.

Cobra: Machucar a Karina, fazer ela sangrar, porque? - Ele encheu o peito de ar - Pela meiga e respeitável Vicki. - Disse, com uma falsa reverência. Pedro ergueu os olhos pra ele. - Ah, você não gosta que falem dela. Porque será? Por causa do seu comportamento deplorável?

Pedro: Vicki era diferente, tinha o jeito dela, mas era uma mulher tão respeitável como qualquer outra. - Disse entredentes, encarando Cobra.

Cobra: UMA PROSTITUTA! - Rugiu em fúria - UMA MULHER DA VIDA! IA PRA CAMA COM QUEM PAGASSE MAIS CARO! - Bianca arregalou os olhos - NÃO VENHA ME FALAR DE DIGNIDADE, PEDRO. - Disse, os olhos faiscando de ódio

O que se ouviu a seguir foi a poltrona onde Pedro estava sentado virar, batendo-se numa mesinha e quebrando um vaso de cristal, e o impulso de Cobra pra cima do irmão. Cobra voou no pescoço de Pedro, e os dois desabaram no chão. Bianca gritou. João tirou ela gentilmente do caminho, e se pôs a apartar a briga. O que parecia ser impossível. Depois de minutos, ele conseguiu.

João: AGORA JÁ CHEGA, VOCÊS DOIS! - Rugiu empurrando Cobra com tudo, que caiu pra um lado, e puxando Pedro pela gola da camisa pro outro

Cobra: PROSTITUTA! - Berrou de novo, após se levantar - Agora o que a Karina te fez? Nada. Só descobriu a VAGABUNDA que você idolatra. - Disse, passando a mão no canto da boca

Pedro partiu pra cima de Cobra de novo, mas João se meteu no meio, empurrando o irmão.

Cobra: DEIXA ELE VIR! ELE GOSTA DE BATER EM MULHER, DEIXA ELE ESPERIMENTAR COM HOMEM! SOLTA ELE, JOÃO! - Urrou em fúria, encarando o irmão

João: EU DISSE JÁ CHEGA! QUE PALHAÇADA DE VOCÊS DOIS! - Ele empurrou Pedro pro canto, tirando-o da linha de fogo de Cobra - Cobra, vá ficar com Karina, ela deve estar precisando. PEDRO, CHEGA! - Empurrou Pedro com tudo. O irmão cambaleou pro lado, mas parou de ir pra cima de Cobra

Entre mortos e feridos, salvaram-se todos. Cobra tinha a boca partida, e Pedro o nariz. A briga ia re-começar quando Tomtom entrou na sala, dizendo que Karina estava chamando por Cobra.

Pedro: Não acaba aqui. - Rosnou, raivoso

Cobra: Tenha certeza que não. - Concluiu, e saiu, pisando forte.

Quando Cobra entrou no quarto, Karina estava deitada na cama, de bruços, com a cabeça em um travesseiro, vestido uma camisola de algodão branca, cuja abertura ficava nas costas. Tomtom lhe dava agua cuidadosamente. Karina, após o banho, parecia melhor.

Karina: Cobra, por favor, eu imploro, não brigue com Pedro. - Pediu com a voz rouca. Cobra ia contestar, mas ela o interrompeu - Não vale a pena.

Cobra: Como você está? - Perguntou, acariciando o rosto dela

Karina: Eu vou sobreviver. - Sorriu. Se sentia bem melhor longe do quadro de Vicki, e após tomar um bom banho

O médico logo chegou. Se assustou com o estado das costas de Karina. Mas deixou a receita de um remédio, uma fórmula, que ajudaria com a dor e a cicatrização. Recomendou repouso absoluto, um chá que ajudava a dormir, e falou de um creme, que era vendido na Alemanha, que impediria que ficassem marcas. Cobra, instantaneamente, moveu céus e terra e mandou um empregado viajar até lá, pra trazer o tal do creme. Karina tomou o remédio que o médico passou, e a dor nas costas diminuiu um pouco.

Cobra: Olha o que eu trouxe. - Disse fechando a porta do quarto, após entrar com uma bandeja contendo um almoço farto nas mãos.

Karina: Obrigada. - Sorriu olhando-o. Estava, pra ser modesta, morrendo de fome.

Cobra: Vamos ver se eu consigo sentar você. - Ele pôs a bandeja na cama, e se abaixou pra ela.

Karina enlaçou as mãos no ombro de Cobra, que a carregou com cuidado. Depois, após afofar os travesseiros, pôs ela delicadamente sentada. Mas as costas não aceitaram os travesseiros.
Karina gemeu de dor quando seu peso encostou no travesseiro, e Cobra prontamente a desencostou. Ele sentou ao seu lado, e lhe abraçou pelo ombro, dando-lhe apoio. Assim não precisava encostar no travesseiro. Karina adorou. A mão fria dele sobre seu ombro em si servia como sedativo. Ela comeu sozinha, bebeu suco até demais, forçada por ele. Depois ele, com uma mão só, tirou a bandeja vazia dali.

Cobra: Eu vou cuidar de você. E logo isso não terá sido mais que um pesadelo. - Disse, olhando ela. Karina sorriu, grata. Não sabia o que seria da vida sem ele. Cobra selou os lábios com os dela levemente, e toda a dor era suportável.

Naquela noite, enquanto todos dormiam, Pedro foi ao quarto de hospedes onde Karina estava. Era curioso, os dias eram frios, mas tecnicamente todas as noites eram chuvosas em Seattle. Foi o barulho da chuva que acobertou o som de suas pegadas enquanto ele avançava até ela. Quando entrou no quarto, Karina dormia profundamente, ainda de bruços. Ele avançou silenciosamente até ela. O quarto estava escuro, mas ele enxergava como se houvessem dezenas de velas iluminando-a. Pode ver também sua brutalidade, marcada debaixo da fina camisola que ela vestia. Ela ressonava levemente, calma. Tinha uma mão perto do rosto, e alguns fios de cabelo caiam por ali. Ele ergueu a mão e, levemente, tirou os fios, deixando o rosto dela livre. Observou-a por um instante. Sua expressão era tão inocente. Parecia fraca, mas ele tinha certeza de que Cobra estava cuidando dela o melhor possível. A expressão dela era tranquila, despreocupada, ao contrário de Pedro, que era semelhante a de uma pessoa que estava sendo torturada. Sua maxilar estava contraída, seu cenho estava franzido, e os olhos carregavam uma dor que ninguém poderia amenizar. Ficou ali, de pé, olhando-a, por horas a fio. Enquanto a madrugada e a chuva se trançavam lá fora, Cobra foi ao quarto. Pedro se tirou do caminho, ocultando-se da visão de Cobra, para observa-lo. Cobra foi até Karina silenciosamente. Pegou a coberta que estava aos pés da cama e cobriu-a até a cintura. Karina não se moveu. Ele deu um beijo de leve na testa dela e saiu, bocejando, e ainda sem saber da presença do irmão ali. Pedro ficou lá, velando o sono de Karina até amanhecer. Quando a chuva cessou, e o céu começou a clarear, ele foi embora.


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Creditos Samilla Dias.

8 comentários:

  1. Muito linda a atitude de cobra pedro vasilo feio e ten que arrepender muito

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  2. Sério isso que lê vai se arrepender agora que já fez a merda ah mano tomara que o Pedro se arrebenta e ka pise nele e muito ele tá merecendo e muito Bjus e não some não viu

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  3. por favor o pedro ja se arependeu a gora devolve a karina pra ele

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  4. e e claro que ele tenque descobrir que foi traido e karina se arepende de trer traido ele

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